domingo, maio 28, 2006
“Vocês não estão sozinhos nas lutas por seus direitos. Sabemos das injustiças, que são muitas e estamos prontos para ajudar no que for possível. Mas é preciso muita união da parte de vocês”, destacou Elias Gomes, enquanto retribuía acenos e abraços de índios e índias.
Ele lembrou o exemplo dos gravetos que quando são agrupados em feixe tornam-se resistentes, para simbolizar a importância da união para a defesa dos direitos. Ressaltou, por outro lado, a necessidade de se conduzir as lutas dentro da legalidade. Os índios Atikum-umã travam disputa por terra com os quilombolas de Conceição das Crioulas.
“Muitos não nos consideram como povo, e por isso nos esquecem, somente se lembrando de nossa existência de quatro em quatro anos. Essa conquista mostra que merecemos atenção e que Elias Gomes confia em nós”, festejou o presidente da Associação Atikum-umã, Cícero Ângelo da Silva. “Precisamos ajudar Elias Gomes, em retribuição a seu apoio aos índios”, reforçou o representante indígena.
“A construção do prédio da associação foi muito importante, até mesmo para trabalharmos a união da comunidade. Agora temos um local para encontro. É só convocar e todos já saberão para onde ir”, disse o cacique Jovaci José dos Santos. A comunidade Atikum-umã é formada por 23 aldeias espalhadas pela caatinga de Salgueiro e Carnaubeira da Penha.
Elias Gomes estabeceu os primeiros contatos com os índios Atikum-umã ainda em 2005, quando passou a mediar o conflito com os quilombolas, enquanto secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos.